O Presidente da Croácia é contra a adesão da Suécia e da Finlândia à NATO. Sobre esta posição, António Costa diz que todos os Estados-Membros da Aliança Atlântica são livres, mas reforça que haverá espaço para diálogo.
O Presidente da Croácia, Zoran Milanovic, quer que o país siga o exemplo da Turquia e tente impedir a Finlândia e a Suécia de aderirem à NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte).
No entanto, reconheceu que não poderá vetar a adesão desses dois países uma vez que o cargo de Presidente da República apenas tem apenas funções protocolares e representativas, cabendo ao Parlamento croata aprovar essa decisão.
Por seu lado, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, reiterou na quarta-feira que o alargamento da NATO dependerá do respeito que a Finlândia e a Suécia mostrarem pelas sensibilidades turcas relativas ao terrorismo.
No fundo, se deixarem de acolher militantes curdos de organizações como o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), a guerrilha curda da Turquia e suas ramificações.
Face a estas posições, António Costa relembra que todos os Estados-Membros da NATO são livres de tomar as suas decisões, mas que haverá espaço para um diálogo esclarecedor entre todos os países.
“Os Estados-membros da NATO têm todos a necessidade de aprovar esta adesão e seguramente encontrarão o espaço de diálogo diplomático adequado para ultrapassar as divergências com as dúvidas que existam relativamente a essa adesão e, tal como tem acontecido ao longo da história, a NATO sairá reforçada com este pedido de adesão”, explicou o primeiro-ministro.
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