Um ativista (cuja identidade permanece desconhecida) decidiu prestar homenagem às vítimas do massacre em Bucha, em várias ruas de Moscovo. A coragem desta pessoa é notória, numa altura em que o Kremlin proibiu qualquer protesto contra a guerra na Ucrânia. Aliás, o próprio termo “guerra” está a ser censurado, quando utilizado no contexto Ucrânia.
A solitary protest called "#Bucha–#Moscow" took place in Moscow. pic.twitter.com/9LP0OWwYH9
— NEXTA (@nexta_tv) April 5, 2022
Imagens deste ativista têm circulado nas redes sociais. A pessoa surge com as mãos atadas atrás das costas e deitada nas ruas mais movimentadas da capital russa: Jardim de Alexander, perto da Catedral do Cristo Salvador, na rua Nikolskaya e na rua Arbat.
A posição em que o ativista surge faz alusão a uma execução, visto que centenas de civis ucranianos foram executados pelas tropas russas.
O objetivo deste pacífico protesto foi chamar à atenção das pessoas que passaram na rua para o que se passa na Ucrânia. O acesso a estas informações está a ser bloqueado na Rússia.
A Ucrânia denunciou este domingo um “massacre deliberado” atribuído aos russos em Bucha, um dia após a descoberta de vários cadáveres nesta cidade a noroeste de Kiev.
A UE já adotou vários conjuntos de sanções contra Moscovo desde a ofensiva na Ucrânia, visando massivamente empresas, bancos, altos funcionários, oligarcas e proibindo a exportação de mercadorias para a Rússia.
O massacre também foi denunciado pela organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) num relatório publicado no domingo, no qual detalha casos de execuções de civis, ameaças, violações e saques supostamente cometidos por soldados russos.
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