Guerra Rússia-Ucrânia

Diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica disponível para ir a Chernobyl

Rafael Mariano Grossi expressou preocupação com o bombardeamento russo perto da central nuclear de Zaporizhzhia.

O diretor da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) anunciou hoje que quer ir à Ucrânia para negociar entre as partes em guerra uma solução para garantir a segurança das instalações nucleares ameaçadas pela guerra.

“Informei a Federação Russa e a Ucrânia a minha disponibilidade para viajar até Chernobyl o mais rápido possível”, disse Rafael Mariano Grossi, durante uma conferência de imprensa de urgência em Viena após o bombardeamento das forças russas contra a central nuclear de Zaporizhzhia, no sul do país.

“Ambas as partes estão a avaliar a possibilidade”, acrescentou.

Rafael Grossi tinha expressado, horas antes, a sua preocupação com o bombardeamento russo e afirmou estar em contacto estreito com o primeiro-ministro ucraniano e o regulador nuclear ucraniano.

Central nuclear de Zaporizhzhia está sob controlo russo

Ao nono dia de guerra, as tropas russas tomaram o controlo da central nuclear de Zaporizhzhia, após combates no terreno, que originaram um incêndio perto das instalações da maior central nuclear da Europa, em Zaporizhzhia. A Agência Internacional de Energia Atómica garante que não existiram mudanças nos níveis de radiação emitidos.

O Presidente da Ucrânia acusou Moscovo de recorrer ao “terror nuclear” e de “querer repetir” a catástrofe de Chernobyl.

A central nuclear de Zaporizhzhia é a maior da Ucrânia e da Europa, com seis reatores nucleares.

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