A Rússia e a Ucrânia “têm ambas preocupações legítimas” disse esta terça-feira o Presidente turco Recep Tayyip Erdogan, na altura da chegada dos negociadores dos dois países a Istambul, apelando ao fim do conflito.
“É preciso pôr termo a esta tragédia”, afirmou Erdogan.
As delegações da Rússia e da Ucrânia devem iniciar as negociações após uma receção que decorreu hoje de manhã no Palácio Dolmabahçe, em Istambul.
Esta ronda negocial decorre depois das primeiras notícias publicadas nos Estados Unidos sobre o eventual envenenamento do oligarca Roman Abramovich, com nacionalidade russa, israelita e portuguesa, que está a tentar mediar negociações entre Moscovo e Kiev para pôr fim à guerra na Ucrânia.
De acordo com notícias publicadas na segunda-feira pelo Wall Street Journal, após uma reunião na capital ucraniana no início de março, o bilionário, proprietário do clube de futebol inglês Chelsea, e pelo menos dois membros seniores da equipa de negociadores ucranianos “desenvolveram sintomas” suspeitos.
Os sintomas – olhos vermelhos e lacrimejantes, rosto e mãos esfoladas – deixaram de se fazer sentir mais tarde “e as vidas [das pessoas em causa] não estão em perigo”, escreveu o jornal norte-americano.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse no passado domingo que vários empresários russos, incluindo Abramovich, se tinham oferecido para ajudar a Ucrânia.
O Wall Street Journal revelou, na semana passada, que o Presidente ucraniano tinha pedido ao chefe de Estado norte-americano, Joe Biden, para não sancionar Abramovich, argumentando que o magnata pode participar nas negociações de paz.
O bilionário russo não está na lista dos “oligarcas” sancionados por Washington.
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