Guerra Rússia-Ucrânia

Portugal apoia adesão da Finlândia à NATO, diz Gomes Cravinho

Ministros português e finlandês estiveram reunidos esta sexta-feira, em Helsínquia.

Portugal apoia adesão da Finlândia à NATO, diz Gomes Cravinho

O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, garante que Portugal apoia a adesão da Finlândia à NATO. O apoio foi anunciado esta sexta-feira, após uma reunião com o homólogo finlandês, Pekka Haavisto, em Helsínquia. Já a Finlândia acredita que a Turquia, que não apoia a adesão à NATO, não vai ser um obstáculo.

Portugal apoia a adesão da Finlândia à NATO, garantiu João Gomes Cravinho, acrescentando que as relações entre os dois países são “excelentes”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros salientou que há um “apoio generalizado” à entrada na NATO tanto da Finlândia como da Suécia. Para Gomes Cravinho, o diálogo com a Finlândia vai permitir “encontrar soluções” nos próximos dias.

Em conferência de imprensa, o responsável português disse ainda que discutiu com o chefe da diplomacia da Finlândia a guerra na Ucrânia e salientou que Portugal mostrou a solidariedade e apoio ao povo ucraniano.

Turquia não apoia adesão da Finlândia: o que diz Pekka Haavisto

Já o ministro finlandês, questionado sobre a posição da Turquia, que não apoia a adesão da Finlândia e da Suécia à NATO, referiu:

“Não acredito que a Turquia venha a ser obstáculo”.

Aos jornalistas, o ministro finlandês disse não estar surpreendido com a posição da Turquia, mas garantiu que tem mantido contacto regular com o homólogo turco.

Ao lado de João Gomes Cravinho, referiu ainda que o processo vai ser discutido no Parlamento da Finlândia no início da próxima semana.

O Presidente da Turquia não concorda com a adesão porque não “queria ver uma repetição do erro cometido” contra a Turquia com a entrada da Grécia na NATO. E acusou Helsínquia e Estocolmo de “abrigar terroristas do PKK”, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão.

Na sequência da guerra na Ucrânia, a Finlândia e a Suécia iniciaram um debate sobre a adesão à NATO, que, a concretizar-se, significará o abandono da histórica posição de não-alinhamento dos dois países.

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