A União Europeia admitiu esta sexta-feira dar mais tempo à Hungria, Eslováquia e República Checa para largarem o petróleo russo.
A decisão surge no mesmo dia em que a Hungria anunciou que vai recusar a proposta de renunciar ao petróleo russo até ao final do próximo ano.
O primeiro-ministro Viktor Orbán disse que a proposta de Bruxelas é uma “bomba atómica contra a economia do país”.
Conhecido pela proximidade ao Presidente Vladimir Putin, o chefe de Governo húngaro admitiu, ainda assim, estar disposto a negociar as sanções contra a Rússia.
No entanto, recordou que a Hungria importa da Rússia mais de 60% do petróleo e precisa de pelo menos cinco anos para transformar o sistema de abastecimento.
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