Os líderes europeus dão finalmente luz verde ao sexto pacote de sanções à Rússia. Avança a proibição de importação de quase 90% do petróleo russo. Fora do embargo ficam a Hungria, a República Checa e a Eslováquia.
Os 27 dão luz verde ao embargo ao petróleo russo que chega à UE por via marítima e põem fim a um impasse de quase um mês.
“Isto é muito importante, graças a isto, o conselho vai ser caapz de concluir uma proibição de quase 90% de todas as importações até final do ano. Quanto aos restantes 10%, em breve voltaremos a debruçar-nos”, disse Ursula von der Leyen.
A versão final do entendimento fica aquém da inicial. O embargo não será total, mas é o preço a pagar pela unanimidade e pelo ok da Hungria.
Depois das ameaças de veto, Viktor Orban, que hoje faz 59 anos, garante que poderá continuar a importar petróleo russo, tal como a Republica Checa e a Eslováquia. A permissão é temporária, mas, para já, não tem data limite. O que lhe permite vender a vitória em casa
“Conseguimos fazer um acordo que diz que os países que recebem petróleo através do oleoduto de Druzhba podem continuar a fazê-lo nas mesmas condições. As famílias podem dormir tranquilamente esta noite, conseguimos defender-nos de uma proposta inacreditável”, disse Orban.
Mesmo sem a Hungria, os líderes europeus esperam que o novo pacote de sanções surta efeito
“Queremos travar a máquina de guerra russa e travar o financiamento desta capacidade militar russa através da implementação de sanções com vista a pressionar o Kremlin”, disse Charles Michel.
O embaixador russo em Viena já reagiu desvalorizando o embargo e garantindo que a Rússia vai encontrar outros importadores, podendo até vender o petróleo mais caro.
Do lado europeu há quem queira ir mais longe e quem avise que as sanções não podem tocar no gás.
O sexto pacote de sanções deverá ficar fechado formalmente nos próximos dias e inclui ainda a exclusão do maior banco comercial russo – o Sberbank – do sistema internacional de pagamentos SWIFTE, a inclusão de mais nomes na lista de sancionados, como o patriarca Cirilo, líder da igreja ortodoxa russa.
Jornalista: Susana Frexes; Imagem: Bruno Andrade / SIC BRUXELAS
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