Uma nova vala comum com mais civis mortos foi encontrada perto da cidade de Buzova, na região de Kiev, disse este domingo o presidente da comunidade de Dmitrov, Taras Didych.
“Encontrámos mais mortos numa vala, civis, perto de uma bomba de gasolina de Buzova”, disse Taras Didych, em declarações recolhidas pela agência União.
O mesmo responsável adiantou que na estrada que liga Kiev a Jitomir, entre as vilas de Myla e Mriya, cerca de uma dezena de carros foram baleados.
“Na comunidade há 14 vilas, algumas das quais estavam sob ocupação [russa] . Agora estamos a voltar à vida, mas durante a ocupação tivemos os nossos ‘pontos críticos’, morreram muitos civis”, disse.
Taras Didych adiantou também que os serviços locais estão a restabelecer o fornecimento de eletricidade e de gás e a remover os destroços, precisando que há testemunhas dos factos.
Violações, execuções sumárias e tentativa de eliminação de provas: os crimes de guerra cometidos em Bucha
De Bucha não param de chegar relatos de atrocidades e descobertas macabras. A Rússia continua a negar qualquer responsabilidade pelo massacre de civis, mas a teoria está a ser desmentida pela própria população.
Alertamos para a extrema violência das imagens.
Violações, execuções sumárias, tentativa de eliminação de provas. Terá sido este o rasto deixado pelas tropas russas em Bucha, na Ucrânia. As autoridades locais garantem que só nesta cidade ucraniana foram mortos 320 civis.
“O meu sobrinho foi morto por volta do dia 8 de março e esteve este tempo todo na cave. Foi encontrado há quatro dias e enterrado. Foi morto por um disparo no ouvido”, conta Nataliya, de 63 anos, residente em Bucha.
A Rússia insiste na teoria de encenação orquestrada pelas autoridades ucranianas.
Veja também
Saiba mais:
- Ucrânia: Rússia recruta militares fora de serviço desde 2012
- Guerra na Ucrânia: vala comum encontrada perto de Kiev, bombardeamentos impedem retirada de civis de Mariupol
- Ucrânia: caravana militar russa segue em direção a Donbass
- Ucrânia: bombardeamentos russos impedem retirada de civis de Mariupol
- Zelensky: “Ninguém quer negociar com quem tortura uma Nação, mas não podemos perder a oportunidade de uma solução diplomática”
- Boris Johnson foi o primeiro líder do G7 a visitar a Ucrânia desde o início da guerra
- Guerra na Ucrânia: “Os ucranianos mostraram a coragem de um leão. Zelensky rugiu como esse leão”
- Reino Unido oferece 120 blindados e mísseis antinavio e antitanque à Ucrânia