Guerra Rússia-Ucrânia

EUA concedem “proteção temporária” aos imigrantes ucranianos

A medida, válida por 18 meses, aplica-se aos ucranianos que chegaram aos Estados Unidos antes de 1 de março.

EUA concedem “proteção temporária” aos imigrantes ucranianos

Os Estados Unidos concederam na quinta-feira “proteção temporária” aos imigrantes ucranianos, impedindo a expulsão e dando-lhes o direito de trabalhar naquele país durante mais 18 meses, depois da União Europeia (UE) ter feito o mesmo.

Nestes tempos de “guerra e violência sem sentido”, “vamos continuar a fornecer assistência e proteção aos ucranianos nos Estados Unidos”, disse o secretário para a Segurança Interna norte-americano, Alejandro Mayorkas.

“Condenamos o ataque gratuito” realizado pelo Presidente russo, Vladimir Putin, contra a Ucrânia, acrescentou num vídeo publicado nas redes sociais, dizendo estar “orgulhoso” por conceder a proteção.

A medida, válida por 18 meses, aplica-se aos ucranianos que chegaram aos Estados Unidos antes de 01 de março e, portanto, não àqueles que fogem do conflito atual.

As autoridades norte-americanas não adiantaram o número de pessoas afetadas.

De acordo com a imprensa dos Estados Unidos, cerca de 4.000 ucranianos indocumentados estavam sob ameaça de deportação na altura do anúncio e quase outros 30 mil corriam o risco de verem os vistos de estudante ou turista expirarem em breve.

Vários congressistas pediram à Administração Biden que concedesse a proteção, entre os quais o senador democrata Chuck Schumer, que se congratulou com a medida.

“Os Estados Unidos estão com o povo ucraniano”, escreveu no Twitter.

A decisão dos Estados Unidos tem um alcance muito mais limitado do que o dos 27 Estados-membros da UE, que concordaram na quinta-feira por unanimidade em conceder “proteção temporária” a refugiados que fogem da guerra na Ucrânia, sejam cidadãos ucranianos ou residentes de longa data num determinado país.

A medida vai permitir que os ucranianos permaneçam na UE por um período renovável de um ano, trabalhem e tenham acesso ao sistema escolar e a cuidados médicos.

“Já acolhemos cerca de um milhão de refugiados e vamos ver outros milhões. Precisamos dessa lei para lhes dar a proteção adequada”, disse a comissária europeia dos Assuntos Internos, Ylva Johansson.