O secretário de Defesa norte-americano, Lloyd Austin, defendeu que o Ocidente deve intensificar a entrega de armas à Ucrânia e provar o seu compromisso em ajudar Kiev a resistir às ambições russas no leste da Europa.
No início de uma reunião em Bruxelas sobre o apoio à Ucrânia, Austin pediu aos mais de 45 países participantes que demonstrem a “determinação inabalável” em dar a Kiev a “capacidade de que necessita para se defender”.
“Temos de intensificar o nosso compromisso compartilhado com a autodefesa da Ucrânia e devemos esforçar-nos ainda mais para garantir que a Ucrânia se pode defender”, argumentou o chefe do Pentágono.
A reunião em Bruxelas ocorre no dia de abertura de um outro encontro, de dois dias, de ministros da Defesa da NATO, na sede da Aliança.
Na terça-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou a pedir a entrega rápida de armas ocidentais, solicitando especificamente sistemas de defesa antimísseis.
O ministro da Defesa ucraniano, Oleksi Reznikov, que participou na reunião convocada pelo secretário de Defesa dos Estados Unidos, disse estar grato por toda a ajuda militar que as nações já enviaram, ou prometeram enviar, à Ucrânia.
Austin disse que tem estado em “contacto próximo” com Reznikov, para discutir as “alterações no campo de batalha”, garantindo que os EUA estão a trabalhar para dar a resposta que Kiev tem vindo a pedir, “particularmente no que diz respeito a sistemas de longo alcance, blindados e defesa costeira”.
“Estamos comprometidos a fazer ainda mais”, assegurou Austin.
A menos de duas semanas de uma cimeira da NATO, em Madrid, Kiev continua a apelar ao Ocidente que intensifique a ajuda militar, para ajudar a conter a ofensiva da Rússia no leste da Ucrânia.
“Os aliados estão comprometidos em continuar a fornecer o equipamento militar de que a Ucrânia precisa para vencer, incluindo armas pesadas e sistemas de longo alcance”, disse hoje o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, que anunciou que Zelensky será convidado para discursar na cimeira de Madrid, de 29 a 30 de junho, pessoalmente ou por videoconferência.
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