A Ucrânia volta a repetir o pedido para que Portugal envie armas para o país. Em entrevista exclusiva a Nuno Rogeiro, o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, apela ainda ao apoio português à candidatura de Kiev à União Europeia.
“Aprecio a posição clara de Portugal no apoio à Ucrânia nas Nações Unidas. Agradecemos o apoio de Portugal na imposição de sanções à Rússia. Mas, claro, o mais importante é fornecer à Ucrânia todas as armas necessárias. Nesse sentido, partilhámos a nossa lista de necessidades com Portugal que inclui, entre outras coisas, tanques, mísseis, veículos blindados. Seria extremamente útil se Portugal nos fornecesse alguns, de forma a que o flanco ocidental extremo da Europa ajude o flanco oriental extremo da Europa a defender toda a Europa do ataque russo. Outra importante ação que esperamos de Portugal é o seu apoio na concessão à Ucrânia do estatuto de país candidato à adesão à UE”, disse o ministro ucraniano, em entrevista a Nuno Rogeiro, comentador SIC e especialista em assuntos internacionais.
Na mesma entrevista exclusiva, o ministro ucraniano agradece a António Guterres a tentativa de mediação do conflito. O ministro ucraniano diz esperar agora que a Rússia coopere com o secretário-geral das Nações Unidas na retirada de civis de Mariupol.
SAIBA MAIS
- “A guerra é um absurdo no século XXI”, Guterres visita Borodyanka, Irpin e Bucha antes do encontro com Zelensky
- “O pior dos crimes é a própria guerra”, os apelos de Guterres em Borodyanka, Bucha e Irpin
- Guterres em Borodyanka: “Não é possível que uma guerra seja aceitável no século XXI”
- Guterres em Bucha: “A guerra em si já é o maior dos crimes de guerra”
- Guterres em Irpin: “São os civis que pagam o preço mais alto”