A Rússia alertou que a ajuda militar ocidental à Ucrânia e os exercícios da NATO perto das suas fronteiras aumentam a probabilidade de um conflito direto e o risco de uma guerra nuclear total. O alerta, feito pelo vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitri Medvedev, surgiu no dia em que os líderes finlandeses divulgaram o seu apoio à adesão da Finlândia à NATO.
Medvedev não menciona a possibilidade de a Finlândia e da Suécia poderem aderir à Aliança Atlântica, mas acusa os países da NATO de estarem a aumentar o risco de uma guerra total com o seu apoio militar à Ucrânia na guerra com a Rússia.
O Presidente Zelensky elogia a disponibilidade da Finlândia aderir à NATO. Em contrapartida, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo admite que a Rússia será “forçada” a tomar medidas de retaliação dirigidas à Finlândia, “tanto técnico-militares como outras”, se violar as suas obrigações jurídicas internacionais e aderir à NATO.
Por outro lado, a NATO garante que o processo de adesão da Suécia e da Finlândia será “tranquilo e rápido”. A garantia é dada pelo secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.
A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, admitiu que as negociações com Moscovo para retirar os militares gravemente feridos da fábrica Azovstal estão a ser “muito difíceis”. Atualmente estará a ser acordada a retirada de cerca de 38 militares feridos.
O primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte, assegurou no Parlamento ucraniano que os Países Baixos estão preparados para desistir do petróleo russo “sem demora” com os restantes países europeus, mas não comentou o desejo de Kiev em aderir à União Europeia (UE). O Governo neerlandês já afirmou que planeia eliminar de forma gradual a utilização do gás russo até o final de 2022
O Presidente Putin, acusou esta quinta-feira o Ocidente de sacrificar o resto do mundo para manter o seu domínio global, incluindo através de sanções económicas contra a Rússia, que disse estarem a criar uma crise planetária.
A Rússia é a “ameaça mais direta” à ordem internacional, declarou hoje a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Tóquio, onde participa na 28.ª cimeira UE-Japão.
