Guerra Rússia-Ucrânia

França junta-se a “abordagem europeia” para expulsão de diplomatas russos

Vários países já tomaram medidas semelhantes face a diplomatas russos desde o início do conflito na Ucrânia.

França junta-se a “abordagem europeia” para expulsão de diplomatas russos

A França vai expulsar 35 diplomatas russos “cujas atividades são contrárias aos interesses” do país, revelou esta segunda-feira fonte próxima do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.

“Esta ação faz parte de uma abordagem europeia. A nossa principal responsabilidade é sempre garantir a segurança dos franceses e europeus”, pode ler-se num comunicado de imprensa divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Citando fonte próxima do Ministério, agência France-Presse (AFP) adianta que serão 35 os diplomatas expulsos.

Também hoje, o Governo alemão declarou 40 diplomatas russos da embaixada de Berlim ‘persona non grata’, instando-os a deixar o país, informou a ministra dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock.

 De acordo com um comunicado da diplomacia alemã, os diplomatas russos visados são pessoas que “trabalham dia a dia contra a nossa liberdade e contra a nossa coesão social”, representando um regime de “incrível brutalidade”, como ficou provado pelas imagens de crimes de guerra cometidos na cidade ucraniana de Bucha.

“Tememos que imagens semelhantes tenham sido captadas em outras cidades ocupadas por tropas russas”, continua o comunicado, segundo o qual, perante esta “brutalidade”, se torna necessário com a “força da nossa liberdade”.

Os diplomatas que foram declarados ‘persona non grata’ são membros da Embaixada russa em Berlim cujo trabalho, segundo a diplomacia alemã, constitui “uma ameaça para quem procura proteção”.

A Alemanha já acolheu mais de 300.000 refugiados ucranianos que fugiram da guerra no seu país.

Vários países europeus já tomaram medidas semelhantes face a diplomatas russos desde o início do conflito na Ucrânia.

Em 29 de março, a Bélgica anunciou a expulsão dias de 21 pessoas que trabalhavam para a embaixada e consulado russos, suspeitas de envolvimento “em operações de espionagem e influência que ameacem a segurança nacional”.

No mesmo dia, os Países Baixos revelaram a expulsão de 17 pessoas “credenciadas como diplomatas nas representações russas” nos Países Baixos, mas que estavam “secretamente ativas como agentes de inteligência”.

A Polónia anunciou em 23 de março a expulsão de 45 “espiões russos disfarçados como diplomatas”, segundo divulgou o ministro do Interior polaco, Mariusz Kaminski.

A Irlanda também indicou que vai expulsar quatro diplomatas russos, a Bulgária onze, a República Checa um e os três países bálticos dez.

A Lituânia adiantou hoje que vai expulsar o embaixador russo em Vilnius “em resposta à agressão militar da Rússia contra a soberania da Ucrânia e às atrocidades cometidas pelas forças armadas russas em várias cidades ucranianas ocupadas, incluindo o horrível massacre de Bucha”.

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