O número de refugiados que chegam aos países que fazem fronteira com a Ucrânia não param de aumentar a cada hora que passa. Segundo as Nações Unidas já ultrapassaram os 2,6 milhões de pessoas.
Yulia Kalachemkov fugiu da Ucrânia logo após a invasão russa. A filha tem epilepsia, o filho é autista e está a recuperar de uma cirurgia aos pés. Salvar os dois filhos menores deu-lhe a força suficiente para conseguir chegar à Polónia.
Yulia é uma das centenas de mães alojadas num pavilhão desportivo de Varsóvia, um dos muitos centros que acolhem refugiados. Desde 24 de fevereiro, quando a invasão russa começou, a Polónia já recebeu mais 1,5 milhões de pessoas.
Em Medyka, cidade polaca que faz fronteira com a Ucrânia, as imagens aéreas deixam perceber a longa fila de refugiados. A maior parte dos refugiados, sobretudo mulheres com filhos, segue caminho em direção à capital Varsóvia ou a outro ponto da Europa onde têm familiares ou amigos, mas há quem não tenha qualquer tipo de apoio no estrangeiro.
Os refugiados também não param de chegar à Roménia. Os ferries que cruzam o delta do Danúbio, no Mar Negro, estão, por estes dias, cheios de ucranianos que fogem da guerra. Quando pisam terra firme, neste caso o porto da cidade de Isaccea, chegam física e psicologicamente exaustos.
A guerra já fez mais de 2,6 milhões de refugiados ucranianos. Segundo a ONU, mais de um milhão são crianças.