Guerra Rússia-Ucrânia

“Garantias de segurança não eram boas”: Cruz Vermelha ficou às portas de Mariupol durante cinco dias

Civis daquela região da Ucrânia continuam sem comida, água ou aquecimento: “é realmente um inferno”.

“Garantias de segurança não eram boas”: Cruz Vermelha ficou às portas de Mariupol durante cinco dias

A Cruz Vermelha tentou sem sucesso entrar, durante a semana passada, na cidade de Mariupol, alvo de intensos bombardeamentos russos, afirmou este domingo o chefe da delegação ucraniana da organização.

“A nossa equipa tentou durante cinco dias entrar em Mariupol”, afirmou Pascal Hundt à televisão britânica Sky News, acrescentando que “as garantias de segurança não eram boas” e que os socorristas tiveram de voltar para trás a cerca de 20 quilómetros da cidade do sudeste do país.

Hundt indicou que é “um trajeto difícil porque se tem que atravessar a primeira linha da frente, atravessar muitos controlos e, por vezes, os soldados não estão informados” da passagem da Cruz Vermelha.

O responsável pela missão na Ucrânia do Comité Internacional da Cruz Vermelha salientou que os civis na zona sul de Mariupol continuam sem comida, água ou aquecimento: “é realmente um inferno”.

Hundt assinalou ainda que o ataque de sexta-feira que matou pelo menos 50 pessoas na estação ferroviária de Kramatorsk, no leste da Ucrânia, fez com que muitos ucranianos tenham desistido de sair das áreas onde estão por comboio, optando por ir de automóvel.

“Falamos com pessoas que estão totalmente desesperadas, sem comida, sem eletricidade, sem água, sem aquecimento, que têm que ir para a rua acender uma fogueira para cozinhar e vivem em condições horríveis”, apontou Pascal Hundt.

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