O Governo pondera avançar com um apoio de bens essenciais para as famílias mais pobres. A Cáritas considera que a medida não será suficiente para evitar o impacto social da subida dos preços e alerta para o aumento da pobreza em Portugal.
Do pacote de medidas anunciadas pelo Governo para dar resposta à escalada dos preços de energia e outros bens de consumo, há uma dirigida às famílias mais carenciadas que está a ser preparada.
Trata-se de uma prestação social para consumos alimentares que deverá chegar a 1,4 milhões de portugueses, disse o ministra da Economia Pedro Siza Vieira.
Segundo a presidente da Cáritas, Rita Valadas, a medida poderá aliviar a carteira de algumas famílias mas não será suficiente para travar o impacto social – primeiro a pandemia, depois a guerra e o consequente aumento de preços, podem vir a agravar a situação dos mais vulneráveis.
Só nos últimos dois anos, a Caritas recebeu o pedido de apoio de mais 18 mil pessoas. A maioria dos casos foram famílias que se viram numa situação de fragilidade devido à pandemia.
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