Há um mês, as tropas russas abandonaram o norte da Ucrânia para se concentrarem na zona leste. Em Chernihiv as famílias começam a reconstruir o que perderam com a guerra.
Aos 77 anos, Ana Selivon carrega sozinha o entulho da casa destruída. O telhado de pouco serve. Os destroços são apanhados com uma pequena pá e deitados dentro de um balde.
Uma semana depois do domingo em que se celebra a Páscoa Ortodoxa, na Ucrânia, é hábito homenagear os mortos. Este ano o ato mantém-se, mas o propósito é outro.
Em Chernihiv, Valentina Zalyubovskaya lembra o marido que morreu a combater. Também em Irpin, Tetyana Blyznyuk chora enquanto recorda o marido.
Irpin foi das cidades mais atacadas quando os militares russos ainda estavam na região norte do país. Das 62 mil pessoas que aqui viviam, muitas fugiram e outras tantas morreram. Até hoje a Rússia nega ter atacado alvos civis.
CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIA
Saiba mais:
- Abertos mais de nove mil processos por crimes de guerra na Ucrânia
- Marcelo: “Quando acolhemos refugiados há uma preocupação óbvia de não pôr em causa dados privados”
- Já começou a retirada de civis da fábrica de Azovstal, em Mariupol
- Avião russo detetado a violar espaço aéreo na Dinamarca
- Forças russas estão desmoralizadas: o relato das tropas ucranianas na linha da frente
- Rússia anuncia que 46 civis conseguiram sair da fábrica de Azovstal
- Governo alemão a favor de embargo europeu ao petróleo russo
- Rússia ataca aeroporto de Odessa para destruir armas americanas e europeias
- Duma propõe confiscar ativos empresariais a países “não amigos”
- SIC na Ucrânia: fábrica de nitrato de potássio atingida por mísseis russos em Mykolaiv