Guerra Rússia-Ucrânia

Guerra na Ucrânia: Kiev acusa a Rússia de atacar última ponte de acesso a Severodonetsk

A Ucrânia reconhece que as forças russas controlam já 80 a 90% do Donbass.

A Rússia controla entre 80 e 90% do Donbass, reconhece a Ucrânia. Mas o Presidente Zelensky apelou à resistência nas cidades ainda não estão ocupadas. Em Severodonetsk, palco da maior batalha, os russos são acusados de atacar a última ponte e o bastião da resistência onde estão centenas de civis.

Do interior da fábrica de Azot, último bastião ucraniano em Severodonetsk, a resistência divulgou,
nas redes sociais, vídeos dos combatentes entrincheirados nas instalações – entre 400 e 500, calcula Kiev. Haverá ainda 500 civis que Moscovo diz estarem a ser usados como escudos humanos para travar a ofensiva final.

Os russos são, por sua vez, acusados de tentar isolar a cidade, de atacar a última ponte ainda intacta de acesso a Severodonetsk. Na outra margem do rio, em Lysychansk, o fim de semana foi já de intensos combates urbanos, tendo ficado marcado pelo desespero da população que tenta escapar aos bombardeamentos e ao fogo cruzado.

Na vizinha região de Donetsk, Bakhmut foi o alvo dos bombardeamentos russos. Pelo menos três pessoas morreram num ataque que destruiu uma área residencial. Os separatistas pró-russos contrapõem com o bombardeamento ucraniano que terá atingido o mercado central de Maisky – outras três pessoas morreram, incluindo uma criança.

Kiev reconhece que as forças russas controlam já 80 a 90% do Donbass. O Governo ucranianos garante que tudo fará para evitar que Moscovo tenha o controlo total de uma faixa de território entre a península anexada da Crimeia e o sul da Rússia.

Os analistas ocidentais alertam já para a política de terra queimada do Kremlin. Salientam a destruição generalizada que repete as táticas militares russas usadas na Chechénia e na Síria. A reconstrução do leste da Ucrânia será demorada e cara, preveem.