Quase 1.800 civis morreram e 2.439 ficaram feridos na Ucrânia em consequência da invasão russa, divulgou, este domingo, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que estima que pelo menos 176 crianças morreram desde 24 de fevereiro.
Os números atualizados este domingo por aquele organismo da ONU apontam para, pelo menos, 1.793 civis mortos desde o início da invasão, incluindo 458 homens, 294 mulheres, 27 raparigas, 46 rapazes e 69 outras crianças, e 899 adultos cujo sexo ainda não foi apurado.
Entre os feridos contam-se 279 homens, 213 mulheres, 47 raparigas, 46 rapazes e 136 crianças e 1.718 adultos de sexo desconhecido.
Nas regiões de Donetsk e Lugansk, no leste do país, morreram 642 pessoas e 1.238 foram feridas: 571 mortos e 963 feridos em território controlado pelo Governo de Kiev, e 71 mortos e 275 feridos em zonas dos separatistas pró-russos.
Em Kiev, Kharkiv, Kherson e outras localidades, contam-se 1.151 mortos e 1.201 feridos em alturas em que estavam sob controlo das forças ucranianas.
MAIORIA DAS MORTES PROVOCADA POR ARMAS EXPLOSIVAS
A maior parte das baixas foi provocada por armas explosivas de grande impacto, incluindo artilharia pesada, rockets, mísseis e outras armas usadas em ataques aéreos.
O Alto Comissariado para os Direitos Humanos considera que “os números reais são consideravelmente mais altos”, uma vez que as informações de baixas entre civis chegam lentamente de algumas regiões e ainda há números comunicados que carecem de confirmação, como por exemplo, as que se referem a cidades como Mariupol, no leste do país, ou Borodyanka (região da capital), onde “há alegadamente muitas baixas civis”.
Por esse motivo, ainda não estão incluídos na avaliação atualizada este domingo, esclarece.
A agência da ONU salienta ainda que o aumento no balanço de baixas civis em relação à atualização anterior, divulgada no dia 8, não se deve apenas às baixas ocorridas no sábado, uma vez que todos os dias são confirmados dados dos dias anteriores.
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