O Partido Comunista Português acusa a NATO e a União Europeia de alimentarem a escalada de violência em relação à guerra na Ucrânia. Numa conferência de imprensa sobre o último Conselho Europeu e a cimeira da NATO, João Ferreira, criticou as conclusões e as medidas que saíram destas reuniões.
O dirigente comunista João Ferreira insurgiu-se esta segunda-feira contra a “deriva autoritária e de imposição do pensamento único” sobre a guerra na Ucrânia.
O dirigente comunista acredita que a paz e a segurança não se promovem com confrontação, ameaças, com propaganda de guerra ou com sanções. Ao invés, João Ferreira insiste que o caminho é o diálogo.
O membro da Comissão Política do Comité Central do PCP advogou que a guerra apenas beneficia a indústria do armamento e o “redirecionamento da dependência energética de diversos países da União Europeia”, por exemplo, para os Estados Unidos, “em especial no que toca aos combustíveis fósseis e, em particular, ao gás (…), deixando a nu a hipocrisia subjacente às propaladas preocupações ambientais” de Bruxelas.
Questionado pelos jornalistas sobre que soluções aponta o PCP para uma eventual resolução do conflito entre Kiev e Moscovo, João Ferreira não concretizou, mas referiu que o “processo de continuada militarização da Europa, em particular da Europa de Leste, junto às fronteiras da Federação Russa” prejudicou o clima de segurança europeu.
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