Guerra na Ucrânia: porque é pedida a participação de outros países nas negociações? 

Um dos “problemas mais críticos”, quando existem negociações de guerra, é a falta de confiança, explica Ana Evans. Por essa razão, os países em conflito demonstram a necessidade de envolver uma terceira parte que permita transmitir confiança processual e política nas conversações. 

Mas porquê Israel e China? 

A professora de Relações Internacionais explica que Israel tem de ter relações de cooperação com a Rússia devido, por exemplo, às atividades russas na Síria. Para além disso, Israel é um aliado dos Estados Unidos e, subsequentemente, da Europa.

Em relação à China, trata-se da “linha de sobrevivência da Rússia”, quer em termos de capitais financeiros quer para colmatar as sanções que têm sido impostas, esclarece Ana Evans.  

“A China é um ator muito maior do que a Rússia, apenas comparável aos EUA. (…) A China tem estado com uma postura muito cautelosa e discreta.” 

Para quando o fim da guerra? 

A professora acredita que enquanto as duas partes não convergirem na perceção de que se pararem de lutar vão conseguir obter um resultado melhor, a guerra irá continuar.  

“Enquanto Putin continuar a achar que a continuação da guerra permitirá atingir um resultado melhor que aquele que está na mesa das negociações, ele irá continuar na guerra apesar do custo que isso tem para ele”, afirma. 

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