A Ucrânia afirma que o último reduto da resistência em Mariupol continua a ser atacado. Uma informação que desmente o Presidente Vladimir Putin. Na fábrica Azovstal de combatentes e civis estão cercados pelas forças russas.
Vladimir Putin afirma que as armas já se calaram depois de uma rendição em massa, mas Kiev garante que os últimos combatentes continuam a defender o complexo industrial Azovstal, onde também civis permanecem encurralados em túneis e abrigos subterrâneos.
A cidade de Mariupol estará sob administração da autoproclamada República Popular de Donetsk. Não se sabe ao certo quantos habitantes permanecem na cidade, mas os pró-russos tentam passar uma imagem de normalização. Prometem aos pensionistas assegurar os rendimentos que tinham antes da invasão.
Capturar o principal porto da região do Donbass é um ganho estratégico. Mas para controlar o acesso ao mar, os russos tentam estabelecer um corredor que passa por cidades onde ainda há resistência aos ocupantes. Em Kherson, um protesto contra a ocupação russa foi reprimido com granadas de atordoamento e gás lacrimogéneo.
Também a ocidente, os ataques russos mantêm-se: pela segunda vez em menos de 24 horas, a Rússia atingiu a ponte sobre o estuário do rio Dniestre, na região de Odessa, com mísseis. A ponte ferroviária em Zatoka é não só uma ligação fundamental entre o sul e o resto da Ucrânia, mas também uma via para a chegada da ajuda militar internacional.
CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIA
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