Vladimir Putin assegurou, na manhã desta terça-feira, que a Rússia “não tinha alternativa” senão iniciar uma operação militar na Ucrânia. A garantia foi deixada no dia em que os Governos britânico e norte-americano anunciaram a abertura de investigações sobre o alegado uso de armas químicas em Mariupol.
“A Ucrânia começou a ser transformada numa base antirrussa, os rebentos do nacionalismo e do neonazismo, que existem há muito tempo, começaram a crescer no país”, disse Putin durante uma visita ao cosmódromo Vostochny, no leste da Rússia, juntamente o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.
O Presidente russo não comentou a acusação, já negada pelo Kremlin, sobre o alegado uso de armas biológicas na Ucrânia. Os Estados Unidos classificam como preocupantes as denúncias. Em conjunto com o Reino Unido e outros parceiros ocidentais, promete uma resposta no final das investigações.
A ofensiva russa dura há 48 dias. Está agora nas mãos de um novo comandante com larga experiência militar na Síria.
O chefe do Governo da Lituânia assinou, esta segunda-feira, com o homólogo ucraniano um acordo de cooperação para a proteção de crianças vítimas da guerra. A Ucrânia denuncia o alegado rapto de 120 mil crianças para adoção.
No país aumentam também os relatos de inúmeras violações dos direitos humanos. As Nações Unidas garantem estar a seguir de perto todos os relatos.
CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIA
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