Rebeldes apoiados pela Rússia em Donetsk, no leste da Ucrânia sentenciaram à morte, esta quinta-feira, dois cidadãos britânicos e um marroquino. Os três estavam a lutar voluntariamente ao lado das tropas ucranianas.
A informação está a ser avançada pelas agências internacionais. Os três voluntários estrangeiros renderam-se há algumas semanas.
E hoje, um tribunal da autoproclamada República Popular de Donetsk considerou os três culpados por tentarem de forma violenta derrubar o poder, um crime punível com a condenação à morte na República não reconhecida. Além disso foram também condenados pelo exercício de atividades mercenárias e terrorismo.
A agência estatal russa RIA Novosti informa que Aiden Aslin, Shaun Pinner e Saaudun Brahim têm um mês para recorrer da decisão.
Russians in Donetsk region sentenced to death two British citizens, Aiden Aslin and Shaun Pinner, and one citizen of Morocco, Saadun Bragim.
— Victoria Amelina 🇺🇦 (@vamelina) June 9, 2022
These brave men volunteered to protect us against #Russia‘s aggression and served in #UkrainianArmy. We have to save the heroes. pic.twitter.com/Lva2b5thLX
Os separatistas alegam, porém, que os três combatentes são voluntários, pelo que não têm direito às proteções usuais oferecidas aos prisioneiros de guerra. Em resposta, as famílias dos britânicos Aslin e Pinner referem que ambos viviam na Ucrânia desde 2018, ano a partir do qual ficaram ao serviço das forças armadas ucranianas.
Pinner e Aslin renderam-se às forças pró-russas, em meados de abril, no porto de Mariupol, e o marroquino Brahim fez o mesmo, um mês antes, na cidade de Volnovakha.
De referir que há um outro voluntário britânico, capturado pelas forças pró-russas, Andrew Hill, a aguardar julgamento.