A Suécia anunciou esta segunda-feira a reabertura da sua embaixada em Kiev, em sinal de apoio à Ucrânia contra a invasão russa do país, na sequência do regresso à capital ucraniana de diplomatas de vários outros países europeus.
“Na quarta-feira, a embaixada da Suécia reabrirá em Kiev (…) A Suécia continuará a estar ao lado da Ucrânia“, escreveu a ministra dos Negócios Estrangeiros sueca, Ann Linde, na rede social Twitter, agradecendo à Polónia, que acolheu a representação diplomática sueca durante quase dois meses.
On Wednesday, the Swedish Embassy will re-open in #Kyiv. Thank you @TobiasThyberg & team for your hard work, and to 🇵🇱 for temporarily hosting us. Sweden will continue to #StandWithUkraine, and is delighted that @SwedeninUA's diplomatic presence will be back where it belongs 🇸🇪🇺🇦
— Ann Linde (@AnnLinde) May 2, 2022
Vários países do ocidente anunciaram a reabertura das embaixadas em Kiev
Esta segunda-feira de manhã, o MNE dinamarquês, Jeppe Kofod, reabriu, ele mesmo, a embaixada do seu país na capital ucraniana, por ocasião de uma visita não-agendada ao país em guerra.
“É um símbolo muito forte do apoio dinamarquês à Ucrânia e ao povo ucraniano reabrir as portas da embaixada da Dinamarca hoje”, declarou Kofod num comunicado.
Como outras, a embaixada dinamarquesa tinha encerrado devido à falta de segurança, e os diplomatas, depois de terem tido uma representação temporária em Lviv, no oeste do país, tinham abandonado a Ucrânia no final de fevereiro.
É o primeiro dos países nórdicos a reabrir a embaixada. Esta funcionará inicialmente com um número reduzido de pessoas, estando previsto que regresse gradualmente a um efetivo normal, segundo Copenhaga.
Com a concentração do exército russo na frente leste da Ucrânia e a sua retirada dos arredores de Kiev desde o fim de março, a situação da segurança melhorou na capital ucraniana.
A diplomacia norte-americana também anunciou esta segunda-feira que espera que os representantes dos Estados Unidos regressem à embaixada de Kiev, de onde partiram em fevereiro, dias antes do início da invasão russa, “até ao final do mês”.
“Temos grande esperança de que as condições nos permitam regressar a Kiev até ao final do mês“, disse a encarregada de negócios dos EUA Kristina Kvien, numa conferência de imprensa em Lviv.
A embaixadora do Reino Unido na Ucrânia, Melinda Simmons, regressou na passada sexta-feira a Kiev para em breve reabrir a representação britânica.
“Foi uma viagem longa, mas valeu a pena fazê-la. É bom estar novamente em Kiev”, escreveu a diplomata, que se mudou para Lviv a 18 de fevereiro, na sua conta da rede social Twitter.
It was a long drive but worth going the distance. So good to be in #Kyiv again. pic.twitter.com/FsQe0xnEIz
— Melinda Simmons (@MelSimmonsFCDO) April 29, 2022
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, tinha anunciado na semana anterior que o Reino Unido iria reabrir a sua missão em Kiev devido ao êxito do exército e do povo ucranianos no combate à invasão russa.
Johnson adiantou, em declarações feitas durante uma viagem à Índia, que o dia da reabertura ia “depender da situação de segurança”. Explicou ainda que até o pessoal diplomático do Reino Unido permaneceu no oeste da Ucrânia para prestar apoio humanitário, após o início do conflito.
O Reino Unido juntou-se assim a outros países que reabriram as suas embaixadas em Kiev ou fá-lo-ão nos próximos dias, num gesto de apoio à antiga república soviética na sua tentativa de resistir ao avanço das tropas russas no país.
Também o Governo neerlandês anunciou na passada sexta-feira a reabertura nesse mesmo dia da embaixada dos Países Baixos em Kiev, com uma “pequena equipa” e num gesto descrito como um “sinal diplomático” de apoio à Ucrânia.
CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIA
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