Ainda sem o controlo absoluto de Severodonetsk, Moscovo intensificou os ataques de artilharia e reforçou o contingente militar na zona. A fábrica de químicos de Azot é um objetivo estratégico.
Ainda permanecerão, depois das tentativas fracassadas de evacuação, pelo menos 500 civis, incluindo dezenas de crianças, na fábrica de químicos Azot, a par dos combatentes.
Esta terça-feira, algumas dezenas de civis terão conseguido sair dos subterrâneos, mas o cerco pelas forças russas e chechenas, aperta-se a cada hora que passa.
Alguns analistas estabelecem um paralelo com Azovstal, em Mariupol, mas a retirada dos civis de Azot é descrita como uma missão impossível.
O Kremlin terá dado o final da semana como prazo limite às chefias militares russas para controlar toda a região e no terreno a pressão é evidente.
Uma motivação extra para Moscovo prende-se com o facto de muitos combatentes serem elementos da legião internacional.
A par do recrudescimento da ofensiva no terreno, Moscovo tem vindo a intensificar a propaganda, designadamente alegações de que os soldados de Kiev estão a desertar das posições de combate.
A agência russa RIA novosti divulgou imagens de presumíveis combatentes ucranianos capturados em Severodonetsk, depois de terem deposto as armas, uma informação que não pode ser verificada de forma independente.
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