Guerra Rússia-Ucrânia

ONG em Portugal podem ter infiltrados pró-Putin: “Estado tem de estar presente e atento a este fenómeno”

Ex-presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo considera credível o alerta da Associação de Ucranianos em Portugal.

ONG em Portugal podem ter infiltrados pró-Putin: “Estado tem de estar presente e atento a este fenómeno”

A Associação dos Ucranianos em Portugal diz que há, no país, infiltrados pró-Putin em Organizações Não Governamentais que estão a apoiar refugiados. A denúncia foi entregue à secretária-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa. A Associação diz que são organizações diretamente ligadas à Rússia, embora nos estatutos constem como “multiculturais”. Em entrevista na Edição do Meio-Dia, o ex-presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT), considera o alerta credível.

José Manuel Anes diz que é possível que pessoas que simpatizam com a Rússia e com a estratégia de Putin se infiltrem e “tentem controlar, mesmo prejudicar, estas atividades de receção dos ucranianos”.

“O Estado tem de, para já, observar, ter uma informação credível, e os serviços de informações fornecem essa informação, e depois tomar as iniciativas porque há várias hipóteses, pode ser uma sabotagem para prejudicar o acolhimento, logo acho que o Estado tem de estar presente e atento a este fenómeno”, realça o o ex-presidente do OSCOT.

Em entrevista na SIC Notícias, Pavlo Sadokha, presidente da Associação de Ucranianos em Portugal, diz que há seis associações não governamentais diretamente ligadas a Moscovo, que estão a fazer-se passar por ucranianas e a apoiar refugiados em Portugal. 

Pavlo Sadokha afirma que “não tem nada contra o trabalho deles, mas não podem fingir que são [organizações] ucranianas”. Revela ainda que há relatos de falsas organizações ucranianas por toda a Europa.  

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