Guerra Rússia-Ucrânia

Iniciativa Liberal propõe voto de condenação ao “brutal massacre” de Bucha

O partido liderado por João Cotrim de Figueiredo acusa a Rússia de estar a cometer crimes de guerra.

Iniciativa Liberal propõe voto de condenação ao “brutal massacre” de Bucha

A Iniciativa Liberal apresentou esta segunda-feira na Assembleia da República um voto de condenação do “brutal massacre” de Bucha, nos arredores de Kiev, considerando “o exemplo máximo dos continuados crimes de guerra que a Rússia” está a cometer na Ucrânia.

Na proposta de voto, que deu entrada no parlamento esta segunda-feira e a que a agência Lusa teve acesso, o partido liderado por João Cotrim Figueiredo refere que “a invasão imperialista da Ucrânia pela Rússia, com o apoio da Bielorrússia, tem-se pautado por vários crimes de guerra, assim como ações à margem da Lei Internacional e da Declaração Universal dos Direitos Humanos”.

“Derrotadas na sua intenção de ocupar Kyiv, as tropas russas iniciaram a sua retirada dos territórios em torno da capital, incluindo a cidade de Bucha. Após a reconquista da cidade pelas forças ucranianas, foi revelado um cenário de devastação e morte“, refere o mesmo texto.

Dando conta das imagens que foram sendo conhecidas — “vítimas civis assassinadas de forma cobarde enquanto viviam a sua vida normal” –, os liberais afirmam ainda que “centenas de corpos foram encontrados em valas comuns, naquela que já é uma das maiores tragédias de guerra na Europa deste século”.

“Bucha surge como o exemplo máximo dos continuados crimes de guerra que a Rússia está a cometer em território ucraniano e que não poderão deixar de ser julgados, não só politicamente, como no Tribunal Penal Internacional de Haia criado com o preciso objetivo de julgar indivíduos pela prática dos mais graves crimes internacionais como o genocídio, os crimes contra a Humanidade e os crimes de guerra”, condena.

Por isso, a Iniciativa Liberal quer que o parlamento português manifeste “a sua mais severa e veemente condenação do massacre de Bucha e dos seus responsáveis, nomeadamente a hierarquia do exército russo, a cúpula política russa e todos os seus aliados”.

IL entrega voto de congratulação pelo aniversário da NATO

Os liberais entregaram esta segunda-feira um outro projeto de voto na Assembleia da República, neste caso de congratulação, “pelo 73º aniversário da NATO”.

“Numa altura em que a integridade territorial de alguns países europeus se encontra novamente sob ameaça, o papel da NATO na garantia dessa integridade territorial dos Aliados é extraordinariamente importante“, destaca.

Para a Iniciativa Liberal, “a existência da NATO é, especialmente para os seus países membros mais pequenos, um elemento essencial de soberania e o principal mecanismo dissuasor da tragédia da guerra“.

“Em 73 anos de existência nunca nenhum país pertencente à NATO foi invadido ou ocupado de forma permanente. Nunca um país pertencente à NATO teve que passar por uma devastação semelhante à que vemos hoje na Ucrânia. A continuação e o aprofundamento da NATO são as maiores garantias para as democracias liberais europeias de que continuarão protegidas do imperialismo de potências autocráticas que as ameaçam”, enfatiza.

Por isso, os liberais propõem que o parlamento português congratule “a NATO pelo seu 73º aniversário, desejando que continue a ter um papel essencial na manutenção da paz, soberania e integridade territorial dos seus membros“.

CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIA

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