A Cruz Vermelha Internacional voltou a tentar entrar em Mariupol, este sábado, para entregar comida e ajuda às milhares de pessoas que estão encurraladas na cidade. Por várias vezes falharam as condições de segurança para realizar a entrada da ajuda humanitária. Alguns civis conseguiram sair da cidade através de corredores humanitários.
Chegam cansados, depois de um mês inteiro de bombardeamentos. Perderam a casa e viveram sem água corrente, eletricidade ou aquecimento durante um mês. Tentam sair da cidade como podem. Para alguns, a viagem de 200 quilómetros que liga Mariupol a Zaporizhzhia demorou 12 horas.
Houve quem arriscasse fazer a viagem em transporte individual e em autocarros precariamente autorizados a atravessar os vários postos de controlo das duas frentes de combate. Pelo caminho, ainda registaram alguns incidentes.
Também este sábado, chegaram à cidade russa de Kazan, a 1.500 quilómetros de Mariupol, o grupo de habitantes que concordou – ou não teve alternativa – em sair da cidade através da província separatista do Donbass.
Depois de semanas de intensos combates, as forças russas ganham posições no centro de Mariupol que não se sabe até quando irá manter-se em mãos ucranianas. Estima-se que dezenas de milhares de habitantes resistam escondidos em abrigos. Muitos terão já perdido a vida.
CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIA
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