O ministro dos Negócios Estrangeiros russo voltou a acusar o Ocidente de alimentar a Guerra na Ucrânia, ao fornecer armamento. Com os bombardeamentos a intensificarem-se, sobretudo a leste, o Kremlin afirma que a Guerra só terminará quando ucranianos se renderem.
Depois da queda de Severodonetsk, a ofensiva russa para conquistar Lysychansk faz-se com tropas no terreno, como querem fazer crer as imagens da agência russa Novosti, mas sobretudo com bombardeamentos em larga escala.
Kiev descreve os intensos ataques a alvos civis como uma tentativa de aterrorizar e quebrar o moral dos ucranianos. A escalada bélica russa no terreno é acompanhada por um aguçar da retórica.
Num inusitado anúncio, interpretado como uma reação ao apelo de Zelensky ao G7 para que o conflito termine até ao final do ano, o porta voz do Kremlin declarou que a guerra termina mal Kiev mande retirar os militares do terreno e aceite todas as condições de Moscovo.
Esta terça-feira, o presidente ucraniano recorreu à Constituição para lembrar que a resistência e a defesa do território são, não apenas um direito, mas um dever.
“A terra é a principal riqueza nacional. O seu subsolo, ar, água e outros recursos naturais do território, a plataforma continental e a zona marítima são propriedade do povo ucraniano. Iremos lutar por todos os metros de terra até ao último fôlego”, disse Volodymyr Zelenskyy, presidente da Ucrânia.
No entanto, o ministro russo dos Negócio Estrangeiros insiste no argumento de que a Guerra está a ser perpetuada pelo Ocidente.
As forças russas, que garantem ter apenas alvos militares, têm intensificado os bombardeamentos a escolas. Em Kharkiv são poucas as que ainda não foram atingidas.
A destruição de infraestruturas educativas, como lembrou a ONU, hipoteca o futuro das crianças ucranianas. Uma publicação ucraniana revela que a partir dos media russos foi revelado que mais de 400 crianças ucranianas deportadas à força da Ucrânia foram localizadas no acampamento de verão Romashka, perto de Taganrog, no sudoeste da Rússia.
As autoridades russas planeiam emitir passaportes russos e encontrar famílias adotivas, mesmo para os menores que não são órfãos.