A Itália fechou um acordo para aumentar as importações de gás natural de Angola numa altura em que o Governo de Mario Draghi se apressa para reduzir a dependência energética da Rússia.
O acordo, alcançado esta quarta-feira, vai aumentar as compras de gás de Itália a Angola e facilitar projetos energéticos conjuntos que também envolverão energias renováveis e gás natural liquefeito, segundo um comunicado. O ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália, Luigi Di Maio, e o ministro da Energia, Roberto Cingolani, viajaram para o país da África Austral no lugar do primeiro-ministro Draghi, que testou positivo para Covid-19 no início desta semana.
Este acordo ocorre no momento em que os países europeus procuram alternativas ao gás russo devido à guerra na Ucrânia.
Atualmente, a Itália obtém da Rússia cerca de 40% do seu gás.
Desde que o Presidente Vladimir Putin invadiu a Ucrânia em fevereiro que o Governo de Draghi tenta o fornecimento de gás por fluxos de outros lugares.
Interromper as importações de gás da Rússia é um “dever ético” e pode ser alcançado em cerca de 18 meses a partir de agora, disse Cingolani em entrevista ao jornal La Stampa na quinta-feira.
A delegação italiana segue agora para a República do Congo, onde poderá celebrar outro acordo de importação. A seguir poderá ir a Moçambique, embora os planos ainda não tenham sido confirmados.