O Presidente dos Estados Unidos mostrou-se esta quinta-feira “esperançoso” que a China não se irá envolver na invasão russa da Ucrânia, sustentando que Pequim percebe que o seu “futuro económico está muito mais ligado ao Ocidente do que à Rússia”.
“Acho que a China percebe que o seu futuro económico está muito mais ligado ao Ocidente do que à Rússia, por isso estou esperançoso de que não se irão envolver”, afirmou Joe Biden.
Tune in as I hold a press conference about my meetings in Europe with Allies and partners on our response to Russia’s war on Ukraine. https://t.co/KSakZNhnET
— President Biden (@POTUS) March 24, 2022
O Presidente dos Estados Unidos falava numa conferência de imprensa no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês), em Bruxelas, depois de ter participado na cimeira extraordinária de líderes da Aliança Atlântica e numa cimeira de líderes do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido).
Abordando uma conversa telefónica que teve com o Presidente da China, Xi Jinping, na passada sexta-feira, Biden disse que se assegurou, “de maneira muito clara”, de que o líder chinês percebia as “consequências que teria se ajudasse a Rússia [na Ucrânia], como tinha sido relatado e era esperado”.
“Não fiz nenhuma ameaça, mas indiquei-lhe o número de empresas americanas e estrangeiras que deixaram a Rússia, devido ao seu comportamento bárbaro, e transmiti-lhe que conhecia – porque tivemos longas discussões no passado – o seu interesse em manter relações económicas e de crescimento com os Estados Unidos e a Europa”, referiu.
O Presidente norte-americano sublinhou assim que, em caso de auxílio da China à Ucrânia, a vontade chinesa de manter o relacionamento económico com o Ocidente ficaria em “grande perigo”.
Com LUSA
SAIBA MAIS
- NATO incita China para que “deixe de amplificar as falsas narrativas do Kremlin”
- China não está a enviar assistência militar a Moscovo
- Ucrânia: China reafirma que está do lado certo da História
- Guerra na Ucrânia: China rejeita pressões internacionais
- Serguei Lavrov diz que cooperação com a China só vai ficar mais forte nas atuais circunstâncias