O Presidente francês, Emmanuel Macron, o Chanceler alemão, Olaf Scholz, e o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, chegaram esta quinta-feira de manhã à capital ucraniana, Kiev, onde se vão encontrar com Volodymyr Zelensky.
José Milhazes diz esperar que os três líderes europeus “não levem apenas solidariedade”, também “alguma coisa mais substancial, daquilo que a Ucrânia precisa para defender o seu território”.
Sobre a possível cedência de território ucraniano à Rússia em troca de um acordo de paz, o comentador da SIC defende que isso “seria um erro”.
“A história já mostrou que isso não conduz a bom caminho. Ceder territórios à Rússia, neste momento, significa dar carta branca a Putin para continuar. Se não for agora, será dentro de uns anos”, afirma.
Na SIC Notícias, fala sobre a mensagem que Macron, Scholz e Draghi pretendem passar ao Presidente russo com a visita a Kiev. Milhazes considera que, “por muito dura que seja”, a mensagem não vai “influir na política” do Kremlin: “Não vai estragar o sono a Vladimir Putin”.
“Putin não vai aceitar qualquer tipo de proposta que venha de Kiev a não ser a rendição e assinatura de um tratado de paz extremamente prejudicial para a soberania da Ucrânia.”
O comentador da SIC fala ainda sobre o pedido de adesão à União Europeia, a reunião dos ministros da Defesa da NATO e as declarações de Dmitri Medvedev, que afirmou que a Ucrânia pode deixar de existir nos próximos dois anos.
Para Milhazes, o ex-Presidente russo está a revelar-se como “uma espécie de papão”.
“Putin está calado e Medvedev está com o papel de tentar assustar o Ocidente.”
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