A junta de freguesia de São Bernardo, em Aveiro, suspendeu a colaboração com uma associação que tem colaborado no acolhimento de refugiados ucranianos. É uma reação às suspeitas de alegadas ligações à Rússia.
Estas imagens apresentadas na reportagem da SIC são de fevereiro, de uma recolha de bens, logo no início da guerra. Nessa altura, a Associação de Apoio ao Emigrante desenvolvia a sua atividade na Junta de Freguesia de São Bernardo, em Aveiro. Essa colaboração acaba de ser suspensa.
O caso de Setúbal e as suspeitas de ligações à Rússia apontadas pelo presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal estão na origem da decisão.
O executivo da Junta de Freguesia decidiu não dar entrevistas. Apenas emitiu um comunicado referindo não ter provas concretas das acusações anunciando a decisão de suspender a colaboração até que tudo seja esclarecido.
A SIC já fez vários contactos telefónicos com a principal visada, a presidente da associação, que continua a rejeitar a gravação de declarações.
Lyudmila Bila desmente qualquer ligação ao regime de Putin e assegura que associação não fez qualquer registo de refugiados.
A Associação foi criada há 21 anos e continua a ajudar emigrantes de diversas nacionalidades nos processos de legalização. Chegou a ter o apoio da Câmara de Aveiro, um apoio que cessou há cerca de 10 anos por dificuldades financeiras da autarquia durante o período de intervenção da Troika.
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