O Governo ucraniano indicou este domingo que “nenhum país do mundo” reconhecerá o resultado de um eventual referendo anunciado pelos dirigentes da autoproclamada República separatista de Lugansk, no leste da Ucrânia, que segundo Kiev seria “ilegal”.
Kiev argumenta que esta consulta à população seria “ilegal” e que, caso seja concretizada, a Rússia enfrentaria uma “resposta internacional” mais contundente que as atuais sanções, aprofundando o seu “isolamento”.
A reação da diplomacia de Kiev segue-se às declarações de Leonid Paschenik, líder da autoproclamada República popular de Lugansk, que anunciou que num “futuro próximo” poderá ser organizado um referendo sobre a integração deste território russófono na Rússia, segundo a agência oficial russa TASS.
De acordo com diversos peritos militares, e na sequência da concentração de tropas russas junto às fronteiras ucranianas desde finais de 2021, o objetivo de Putin consiste na “libertação completa” do Donbass, onde desde 2014 se enfrentam as milícias russófonas locais e forças ucranianas, num conflito que já provocou cerca de 14.000 mortos.
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