Guerra Rússia-Ucrânia

Kiev diz que Severodonetsk vive “um inferno”

Os intensos combates continuam a impedir a retirada de civis, mais de 500 continuam encurralados no complexo fabril Azot.

Kiev diz que Severodonetsk vive “um inferno”
Loading...

Apesar das dificuldades, as forças ucranianas estão a reforçar posições em Lugansk. O Kremlin terá dado o final da semana como prazo limite às chefias militares russas para controlar toda a região e no terreno a pressão é evidente.

Posicionadas na zona industrial de Severodonetsk, Lugansk, as forças ucranianas disparam na direção das tropas russas. O governador da região de Lugansk diz que o exército ucraniano mantém posições e vai resistir pelo tempo que for necessário.

Mais militares ucranianos foram movimentados para Severodonetsk. A pé ou de barco, transportam munições e outras armas para reforçar a defesa e para evitar que a Rússia atinja o objetivo da
dupla tomada da cidade e da vizinha Lysychansk.

Em Severodonetsk a destruição testemunha a intensidade dos combates na cidade que é o maior foco da resistência ucraniana na região de Lugansk. Os intensos combates continuam a impedir a retirada de civis, mais de 500 continuam encurralados no complexo fabril Azot.

A atual situação faz lembrar o que aconteceu na fábrica de Azovstal, em Mariupol, cidade mártir nesta batalha no Donbass onde 90% das infraestruturas ficaram totalmente destruídas.

A tomada de Mariupol terá sido determinante para moralizar as tropas russas, agora concentradas em conquistar o que resta do território no Donbass sob controlo da Ucrânia.

Em locais estratégicos na região de Lugansk foram montados postos de controlo. O Ministério da Defesa russo diz que servem sobretudo para prevenir o tráfico de armas.

Para a linha da frente deverá também ser enviado nos próximos dias um grande número de soldados na reserva, segundo o mais recente relatório do Ministério da Defesa britânico.

O mesmo documento avança que a República Popular de Donetsk, controlada pelas forças separatistas pró-Rússia, divulgou o número de baixas: mais de 2.100 militares mortos e quase 8.900 feridos, desde o início do ano.

As autoridades pró-russas do Donetsk também acusaram as forças ucranianas de bombardear a região. Dizem que o distrito de Kievsky foi bombardeado 70 vezes em duas horas.

SAIBA MAIS