Rússia e Ucrânia trocam acusações, na véspera de mais uma ronda de negociações. Kiev diz que Moscovo está apenas a ganhar tempo para reagrupar tropas no terreno, já a Rússia decidiu alargar as sanções à União Europeia.
Depois das negociações de paz na Turquia, Rússia e Ucrânia voltam, esta sexta-feira, aos formato de videoconferência. O clima de ceticismo quanto às verdadeiras intenções de Moscovo mantém-se.
Enquanto isso, a Rússia alarga a lista de sanções contra a União Europeia, que passa a incluir não só a maioria dos membros do Parlamento, comissários, mas também chefias militares e jornalistas. O porta-voz do Kremlin nega as alegações de desorientação militar russa na Ucrânia.
Os primeiros-ministros da Noruega e da Itália apelaram, em conversas telefónicas com o Presidente russo, à urgência de um cessar-fogo por questões humanitárias e para poder discutir a paz. Putin terá dito a Mário Draghi que as conversações não estavam amadurecidas o suficiente.
Do lado da Ucrânia, Zelensky multiplica-se em presenças nos Parlamentos de todo o mundo. Austrália, Bélgica e Países Baixos ouviram o Presidente ucraniano alerta que a Rússia está só a tentar ganhar tempo. Pediu mais armas, mais isolamento da Rússia e ajuda na reconstrução da Ucrânia.
Conflito Rússia-Ucrânia
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