Os líderes europeus estão reunidos em Bruxelas. Esta segunda-feira voltaram a ouvir Zelensky pedir a aprovação do sexto pacote de sanções à Rússia, que continua num impasse.
Discute-se o embargo ao petróleo russo, com exceção do que chega pelo oleoduto que abastece a Eslováquia, República Checa e Hungria, que pede mais garantias.
O acordo diz que a medida é temporária, mas sem dizer até quando. Para o primeiro-ministro húngaro, ainda não chega. No teatro político, Orbán ameaça com um veto.
“A abordagem é boa, mas precisamos de uma garantia de que no caso de um acidente com o oleoduto que passa pela Ucrânia, temos o direito de receber o petróleo russo por outra fonte. Se conseguirmos isso, então tudo bem”, diz.
Se o acordo falhar, Orbán tem já o dedo apontado a Ursula von der Leyen, por ter proposto um embargo ao petróleo russo sem ter falado primeiro com Budapeste.
“Estamos numa situação muito difícil basicamente por causa do comportamento irresponsável da Comissão [Europeia]”, acusou.
Von der Leyen não está confiante que a situação seja resolvida em breve.
O sucesso da cimeira depende da capacidade de os 27 alcançarem um acordo político sobre o embargo ao petróleo russo, mesmo que parcial.
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