O Presidente francês, Emmanuel Macron, propôs esta segunda-feira a construção de uma “comunidade política europeia” que incorpore países como a Ucrânia que partilhem os valores da União Europeia, mas ainda longe de uma rápida adesão que dificultaria a integração.
“A União Europeia, tendo em consideração o seu nível de integração, não pode ser a curto prazo a única forma de estruturar o continente europeu”, sublinhou Macron num discurso perante o Parlamento Europeu durante um ato que assinalou a conclusão do trabalho em torno da Convenção para o futuro da Europa, iniciado há um ano por sua iniciativa.
O Presidente francês volta a apelar ao cessar-fogo na Ucrânia e defende que Kiev é que deve decidir as condições para a paz. Emmanuel Macron relembra as sanções “sem precedentes” adotadas pela União Europeia.
“É em nome da liberdade e da esperança que apoiamos e continuaremos a apoiar a Ucrânia, o seu Presidente Volodymyr Zelensky, e todo o povo ucranianos. Para que esta guerra termine, adotámos sanções sem precedentes”, indica o Presidente francês.
No seu discurso no Parlamento Europeu, Macron promete apoiar a Ucrânia na sua “reconstrução” como “país europeu, sempre”.
Macron indicou que a Ucrânia “pela sua luta e a sua coragem já é membro de coração da nossa Europa, da nossa família”, mas é necessário realismo e “todos sabemos que o processo de adesão [à UE] demorará vários anos, e na realidade várias décadas”.
Com LUSA
SAIBA MAIS
- Soldados russos estão a opor-se a ordens de generais, avançam Serviços de Segurança Ucranianos
- Zelensky chama “louco” a Putin e acusa Rússia de repetir erros de Hitler
- “Estamos praticamente sozinhos”, asseguram os militares em Azovstal
- Rússia assinala Dia da Vitória com parada com centenas de veículos militares, mais de 11 mil soldados e milhares de pessoas
- Guerra reflete “ambições imperialistas doentes” da Rússia
- Rússia diz que negociações com Ucrânia continuam, mas à distância