O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, num texto escrito numa rede social, pediu ao G7 mais sanções contra a Rússia.
Na rede social Twitter, o Governo ucraniano apelou este domingo aos países do G7 reunidos na Baviera, Alemanha, para enviarem mais armas e aplicarem mais sanções contra a Rússia, depois de novos ataques russos ao amanhecer num distrito perto do centro de Kiev.
“O G7 deve responder com mais sanções à Rússia e mais armas à Ucrânia”, refere no tweet.
This 7 y.o. Ukrainian kid was sleeping peacefully in Kyiv until a Russian cruise missile blasted her home. Many more around Ukraine are under strikes. G7 summit must respond with more sanctions on Russia and more heavy arms for Ukraine. Russia’s sick imperialism must be defeated. pic.twitter.com/0kn2hl7A4x
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) June 26, 2022
Juntamente com o pedido, o ministro usa a fotografia de uma criança resgatada dos escombros de um prédio em Kiev, na sequência de um ataque que deixou pelo menos quatro pessoas feridas, com o intuito de dizer que “o imperialismo russo” tem de ser derrotado.
“Uma criança ucraniana de 7 anos dormia pacificamente em Kiev, quando um míssil de cruzeiro russo explodiu o seu edifício”, explicou o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros.
Também o Presidente da Câmara da capital ucraniana, Vitaly Klitschko, já tinha denunciado esta forma de “intimidar os ucranianos (…) no período que antecede a cimeira da NATO”, prevista começar na próxima terça-feira, em Madrid.
“É extremamente importante que, durante as cimeiras desta semana, o G7 e a NATO demonstrem que o seu compromisso em defender a Ucrânia nunca será mais fraco do que o desejo de Putin de a assumir”, insistiu Dmytro Kouleba num artigo de opinião escrito em conjunto com a homóloga britânica, Liz Truss.
O ministro pediu de novo “um aumento e aceleração do fornecimento de armas pesadas, sanções mais duras contra todos aqueles que contribuem para a guerra de Putin e uma paragem total das importações de energia russa”.
Os líderes do G7, grupo de grandes potências industrializadas como França, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália, Canadá e Japão, estão reunidos no sul da Alemanha a partir deste domingo para uma cimeira de três dias, à qual se seguirá uma reunião dos países da NATO, em Madrid.
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