O município de Mariupol denunciou esta quarta-feira a evacuação forçada para a Rússia de uma maternidade nesta cidade sitiada no sudeste da Ucrânia.
“Mais de 70 pessoas, mulheres e pessoal médico, foram levados à força pelos ocupantes da maternidade n.º 2 no distrito”, informou o município na rede social Telegram.
No total, mais de 20.000 moradores de Mariupol foram retirados “contra a sua vontade” para a Rússia, segundo o município, que afirma que os russos confiscaram os seus documentos e os redirecionaram “para cidades russas distantes”.
As condições para o lançamento de uma operação humanitária nos próximos dias para ajudar os habitantes de Mariupol “não estão cumpridas nesta fase”, anunciou a presidência francesa na noite de terça-feira, após um encontro entre os presidentes Emmanuel Macron e Vladimir Putin.
Cerca de 160.000 civis ainda estão presos em Mariupol, que tem sido palco de bombardeamentos e combates ferozes e enfrentando “uma catástrofe humanitária”, vivendo escondidos em abrigos sem eletricidade e sem comida e água, segundo depoimentos recolhidos pela AFP junto de pessoas que fugiram de Mariupol.
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