Guerra Rússia-Ucrânia

Militares portugueses na Lituânia: “Vamos preparados para qualquer cenário, seja ele qual for”

A cerimónia de despedida dos militares da Marinha Portuguesa foi presidida pela ministra da Defesa Nacional, ​Helena Carreiras, e contou com a presença do Chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Gouveia e Melo.

Militares portugueses na Lituânia: “Vamos preparados para qualquer cenário, seja ele qual for”

Um grupo de Fuzileiros partiu esta quarta-feira para a Lituânia e vai reforçar o contingente da NATO no leste da Europa. A missão estava planeada, mas acabou por ser antecipada devido à guerra na Ucrânia.

Vão estar a cerca de mil quilómetros de Kiev. O conflito na Ucrânia é tema de conversa entre os militares e certamente vai marcar quem embarca pela primeira vez numa missão como esta.

“Qualquer militar que se preze e tenha brio tenciona sempre auxiliar de qualquer maneira em qualquer teatro que seja exigido”, afirma o segundo-marinheiro Sandro Camões.

Quem já participa nestas missões há quase 20 anos, vê também no conflito um fator de preocupação.

“Obviamente que vamos com mais atenção. Há coisa que não controlamos, muita coisa pode acontecer mas vamos preparados para qualquer cenário, seja ele qual for”, garante o primeiro-sargento Marco Santos.

São mais de 140 fuzileiros. A missão na Lituânia vai durar três meses. Não foi planeada por causa do conflito, mas acabou por ser antecipada, à semelhança do que aconteceu com a missão na Roménia.

A ministra da Defesa diz que a guerra no Leste originou um novo ciclo na Aliança Atlântica e garante que Portugal vai saber responder.

“A NATO irá decidir em que momento, quando e que meios será necessário enviar. Estamos disponíveis e preparados para contribuir”, diz Helena Carreiras.

Os fuzileiros portugueses vão ficar na Base de Klaipeda, no Mar Báltico. Vão participar em exercícios aéreos, marítimos e terrestres no centro e leste da Europa e também na Turquia.

Pelas palavras do almirante Gouveia e Melo, os portugueses são vistos como um exemplo a seguir.

“Foi com especial agrado que recebi os maiores elogios do comandante da marinha lituana a informação de que a Marinha lituana vai criar uma força de fuzileiros à imagem do nosso corpo de fuzileiros”, informou o Chefe do Estado-Maior da Armada.

“Esta decisão diz bem do trabalho e técnica demonstradas. Diz bem da qualidade e trabalho dos portugueses nestas missões e que conduzem à vontade de imitar como nós fazemos”, disse a ministra da Defesa.

Portugal tem atualmente mais de mil militares a participar em missões.

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