Os militares que resistem na fábrica da Azovstal, em Mariupol, recusam render-se. Putin tinha deixado um “conselho” a Kiev para que desse indicação aos militares que baixassem as armas e se rendessem.
Pelas contas de Moscovo, ainda estarão perto de 2.000 militares ucranianos nos túneis e bunkers sob a fábrica.
A mulher de um dos líderes do batalhão falou ao telefone com o marido e o comandante do regimento Azov ter-lhe-á prometido ficar “até ao fim”.
Este é o último reduto na cidade portuária que é vista como estratégica na ligação entre a região de Donbass e a península da Crimeia.
Teme-se uma escalada de violência com a aproximação do chamado Dia da Vitória, que se assinala na próxima segunda-feira a 9 de maio e que marca o triunfo da União Soviética sobre a Alemanha nazi.
Na fábrica estarão ainda cerca de 200 civis segundo presidente do município de Mariupol, Vadim Boitchenko. Na televisão ucraniana, o vice comandante do batalhão de Azov fez uma novo apelo para a retirada dos civis e dos militares feridos.
Esta sexta-feira deverá chegar um novo comboio da ONU para retirar civis do complexo. Desde o início da semana, segundo o secretário-geral da ONU, já foram retiradas 500 pessoas de Azovstal, Mariupol e arredores em dois corredores humanitários organizados pelas Nações Unidas.
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