A ONU diz que foram encontrados mais de mil corpos na região de Kiev e admite que podem estar em causa crimes de guerra. As Nações Unidas vão agora começar a investigar as suspeitas de violação de direitos humanos na Ucrânia.
A investigação sobre as suspeitas de violação de direitos humanos na Ucrânia teve luz verde. A resolução foi aprovada com 33 votos a favor, 12 abstenções e 2 votos contra – da China e da Eritreia. A Rússia, por ter sido suspensa, já não participou nesta reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
As Nações Unidas visitaram, na semana passada, aldeias próximas de Kiev que, até ao final de março, estiveram sob o controlo das forças russas. Só nesta região, foram encontrados cerca de mil corpos. A comissária da ONU, Michele Bachelet, conta que a escala de mortes “é chocante”.
Moscovo acusa a ONU de politização e diz que os países do Ocidente está a tentar demonizar a Rússia. Vladimir Putin também lhes aponta o dedo, afirmando que as sanções estão a “provocar uma crise global”.
Em resposta às sanções, a Rússia decidiu parar com a distribuição de gás através do gasoduto que passa na Polónia. É uma das principais vias de fornecimento à Europa.
Na Ucrânia, continuam os ataques. O presidente Zelensky diz-se disposto a falar com Putin,
mas sem ultimatos.
Saiba mais:
- ONU aprova investigação a violações de Direitos Humanos da Rússia na Ucrânia
- Kiev denuncia na ONU “lista interminável” de abusos cometidos pela Rússia
- “Horrores inimagináveis”, responsável da ONU admite milhares de civis mortos em Mariupol e na zona de Kiev
- “Ameaça de situação humanitária catastrófica”: Rússia pede à ONU que retire civis do Donbass
- República Checa eleita sucessora da Rússia no Conselho de Direitos Humanos da ONU
- SIC na Ucrânia: ONU acredita que ainda estão “milhares de mortos” por contabilizar
- Retirada de civis de Mariupol: operações foram coordenadas pela ONU e Cruz Vermelha