O ministro da Defesa lituano, Arvydas Anusauskas, garantiu esta quinta-feira que “a comunidade internacional e os países da região estão perfeitamente conscientes” da existência de armas nucleares nos Países Bálticos, mesmo tendo a Rússia alegado que a região ainda continua “livre”.
Esta quinta-feira, um dos aliados próximos do presidente russo, Vladimir Putin, alertou a NATO de que, se a Suécia e a Finlândia se unirem à aliança militar, a Rússia teria de reforçar as suas defesas na região, inclusive com a implantação de armas nucleares.
“Não se poderá falar mais de um Báltico livre de armas nucleares, o equilíbrio tem de ser reposto”, disse Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia.
No entanto, Arvydas Anusauskas, em declarações à BNS (Baltic News Service), garantiu que as armas nucleares foram implantadas no exclave Kaliningrad, no Mar Báltico, mesmo antes do início da guerra atual.
“As atuais ameaças da Rússia parecem estranhas quando nós sabemos que, mesmo sem a segurança devido à situação atual, eles mantêm as armas a 100 quilómetros da fronteira da Lituânia”, disse o ministro da Defesa lituano.
“As armas nucleares têm sido mantidas em Kaliningrad. A comunidade internacional e os países da região estão perfeitamente conscientes disso (…) e eles usam isso como uma ameaça”, acrescentou.
O exclave russo de Kaliningrad, na costa do Mar Báltico, encontra-se entre a Lituânia e a Polónia, membros da NATO.
Ingrida Simonyte, primeira-ministra da Lituânia, afirmou também nesta quinta-feira que a ameaça da Rússia para aumentar o equipamento militar, incluindo a nível nuclear, na região do Báltico, “não é novidade”.
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