A NATO não quer uma “guerra aberta com a Rússia”, disse o secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg, à AFP.
“Temos a responsabilidade de evitar que esse conflito se estenda além das fronteiras da Ucrânia e se torne uma guerra aberta entre a Rússia e a NATO”, disse Stoltenberg à margem do Fórum Diplomático organizado pela Turquia em Antália.
Stoltenberg justificou assim a recusa da Aliança Atlântica em impor uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia para proteger a população dos bombardeamentos russos.
Tal medida “significaria estar pronto para abater aviões russos”, sublinhou, o que “certamente nos levaria a uma guerra aberta”.
Stoltenberg deverá encontrar-se com o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, um dia após as primeiras conversações diretas, desde o início da guerra, entre os ministros russo e ucraniano dos Negócios Estrangeiros e que decorreu na estação balnear do Mediterrâneo.
Apelo a Putin para que “ponha termo a esta guerra insensata”
O chefe da NATO, a organização militar ocidental que inclui a Turquia, apelou ainda ao Presidente russo, Vladimir Putin, que “ponha termo a esta guerra insensata” e se empenhe numa “solução política”.
“A primeira medida seria garantir corredores humanitários que permitam às pessoas saírem e procurarem alimentos e medicamentos”, indicou.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 549 mortos e mais de 950 feridos entre a população civil e provocou a fuga de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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