Guerra Rússia-Ucrânia

Negociações de paz entre Kiev e Moscovo: “Estão a discutir aquilo que não é discutível”

O especialista em relações internacionais, Rui Henrique Santos, entende que é difícil arranjar um mediador neutro.

Negociações de paz entre Kiev e Moscovo: “Estão a discutir aquilo que não é discutível”

Esta quinta-feira decorre a segunda ronda de negociações de paz entre Ucrânia e Rússia. Para o especialista em relações internacionais, Rui Henrique Santos, acredita que “é difícil concretizar alguma coisa que possa ser efetivamente mudado”.

É preciso perceber “até que ponto os russos estarão dispostos a um cessar-fogo e até que ponto os ucranianos estarão disponíveis para ceder alguma coisa, naquilo que Zelensky definiu como as linhas vermelhas, a integridade territorial e a possibilidade de adesão à UE e à NATO”, explica o especialista.

Neste momento, sem a presença à mesa de alguém que funcione como um mediador, as partes “estão a discutir o que não é discutível”, entende Rui Henrique Santos.

“Neste momento é difícil arranjar alguém que não esteja do lado ucraniano ou do lado russo”, esclarece o especialista em relações internacionais e acrescenta que a Rússia pretende “sentar à mesa a NATO ou os EUA, que lhes possibilita algum tipo de garantia neutral da Ucrânia”.

“Putin quer sentar-se à mesa com alguém que lhe ofereça reconhecimento, prestígio e a possibilidade de voltar ao palco internacional, num momento em que está completamente isolado“.

Questionado se o primeiro-ministro israelita poderia ser um bom mediador, o comentador defende que “não tem o devido reconhecimento para Putin e será uma ponte intermédia até chegar à NATO ou então até chegar aos EUA, que é efetivamente o que Vladimir Putin quer”.

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