O Papa Francisco está disponível para reunir-se com Vladimir Putin. Em entrevista ao jornal italiano “Corriere della Sera“, o chefe da Igreja Católica diz que sente que agora é tempo de ir a Moscovo e não a Kiev. Adianta que já fez chegar a informação ao Kremlin, mas até agora ainda não recebeu qualquer resposta.
“Sofro e choro ao pensar no sofrimento da população ucraniana”. São palavras do Papa Francisco repetidas uma e outra vez desde o dia 24 de fevereiro quando a Ucrânia foi invadida pelas tropas russas.
Numa guerra sem fim à vista, Francisco continua empenhado na resolução do conflito. Ao 20.º dia de guerra pediu ao Kremlin uma reunião com Vladimir Putin. Até agora não obteve resposta. Mesmo assim garante que não vai desistir da ideia.
No primeiro dia de conflito telefonou ao presidente da Ucrânia, mas não a Vladimir Putin. Agora sente que antes de Kiev deve ir primeiro a Moscovo, se o presidente russo assim o entender.
Questionado sobre o papel do chefe da Igreja Ortodoxa Russa, para que se abrisse pelo menos uma janela, Francisco contou que falou com Kirill via zoom durante 40 minutos. Estava marcado para dia 14 de junho um encontro em Jerusalém entre ambos, ainda antes da guerra, mas ambos concordaram cancelar.
O Sumo Pontífice, que sempre se manifestou contra a corrida ao armamento, sublinha que o envio de armas para a Ucrânia é uma questão que continua a dividir o mundo católico e pacifista.
Admite ainda que o posicionamento da NATO no conflito pode ter precipitado uma reação de ira por parte de Vladimir Putin.
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