Portugal deu esta quinta-feira autorização para a venda do clube inglês Chelsea, depois de garantir que o russo Roman Abramovich não vai beneficiar da transação.
“As duas Autoridades Nacionais Competentes – Ministério dos Negócios Estrangeiros e Ministério das Finanças – deram luz verde ao pedido recebido da parte de Roman Abramovich para uma derrogação humanitária, permitindo que o clube inglês seja transacionado”, adianta o comunicado divulgado pelo gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros.
A autorização foi dada após as autoridades britânicas garantirem ao Governo português que as receitas da venda serão utilizadas para fins humanitários e que não vão beneficiar o ainda proprietário do clube, alvo de sanções devido às ligações ao Kremlin.
Na nota, o ministro adianta ainda que a “posição nacional conta com a concordância da Comissão Europeia”.
Portugal recebeu carta de Abramovich
Na quarta-feira, Portugal recebeu uma carta de Abramovich, que tem passaporte português, a pedir autorização para a venda do clube de futebol inglês.
O pedido foi feito depois do Governo britânico aprovar a venda a um consórcio liderado pelo bilionário norte-americano Todd Boehly.
Na terça-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros português já tinha confirmado contactos com o Governo britânico sobre a venda do Chelsea. Uma vez que Roman Abramovich detém um passaporte português, as autoridades portuguesas tinham também de autorizar o negócio.
O Chelsea, que ficou em 3.º lugar na última edição da Premier League, atua com limitações, devido às sanções impostas a Abramovich.
Neste momento, o Chelsea opera com uma autorização especial que expira em 31 de maio e que lhe permite realizar determinadas operações, como receber dinheiro por direitos televisivos e vender ingressos para determinadas partidas.
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