O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez uma nova ameaça velada ao Ocidente. Afirma que a Rússia vai atacar novos alvos, se os Estados Unidos da América fornecerem mísseis de longo alcance à Ucrânia. As declarações emitidas pela televisão russa, no mesmo dia em que Kiev foi abalada por várias explosões.
Desde a visita do secretário geral da ONU, a 28 de Abril, que Kiev não era alvo de qualquer ataque. Ainda não eram 6:00 da manhã quando os habitantes foram despertados por violentos rebentamentos e pelo som das baterias anti aéreas, que abateram pelo menos um míssil.
Vladimir Putin mostrou desagrado com a decisão dos EUA de fornecerem os sistemas de lançamento múltiplo Himars, com um alcance até 80 quilómetros, e ameaça atacar novos alvos.
As autoridades ucranianas dão indicações aos cidadãos para não fornecerem qualquer informação sobre os locais bombardeados, antes de terem passado pelos menos 10 horas. Mas pouco depois do ataque, o Comando da Força Aérea adiantou que os mísseis foram lançados a partir de bombardeiros tupolev-95, que descolaram do Mar Cáspio.
A ameaça de ataques aéreos russos não é a única que preocupa o estado maior das Forças Armadas ucranianas. A norte da capital, as movimentações na Bielorrússia estão a ser vigiadas de perto.
Os exercícios militares em larga escala que Moscovo e Minsk levaram a cabo em conjunto no início de fevereiro, fizerem muitos temer uma invasão mas o Kremlin negou sempre que a concentração de mais de 100 mil tropas perto das fronteiras ucranianas fosse o prelúdio de uma guerra na Europa.
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